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O Renascimento Faz Sentido?

por

Bhikkhu Bodhi

Buddhist Publication Society Newsletter ensaio 47 (2001)
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Os novatos no Budismo, em geral ficam impressionados pela clareza, franqueza e pelo sentido prático do Dhamma expresso nos ensinamentos básicos como as Quatro Nobres Verdades, o Nobre Caminho Óctuplo e o treinamento tríplice. Esses ensinamentos, claros como a luz do dia, estão disponíveis para qualquer pessoa que esteja seriamente em busca de um caminho que o leve para além do sofrimento. Quando, no entanto, essas pessoas se deparam com a doutrina do renascimento, elas com freqüência vacilam, convencidas de que isso simplesmente não faz sentido. Nesse ponto, elas suspeitam que os ensinamentos perderam o seu rumo, decaindo do elevado caminho da razão para a esperança e a especulação. Até mesmo os intérpretes modernos do Budismo parecem ter dificuldade em levar a sério o ensinamento sobre o renascimento. Alguns o descartam como um simples fragmento da bagagem cultural, “metafísica hindu antiga,” que o Buda reteve em respeito à visão do mundo na sua época. Outros o interpretam como uma metáfora para a mudança dos estados mentais, com os reinos de renascimento vistos como símbolos para arquétipos psicológicos. Alguns poucos críticos até mesmo questionam a autenticidade dos textos sobre o renascimento, argumentando que estes devem ser interpolações.

Uma rápida olhada nos suttas em Pali mostra que nenhum desses argumentos possui muita substância. O ensinamento sobre o renascimento aparece em quase todos os lugares no Cânone, e está conectado de forma tão íntima com uma multiplicidade de outras doutrinas que removê-lo iria na prática reduzir o Dhamma a farrapos. Além disso, quando os suttas falam sobre o renascimento nos cinco reinos – os infernos, o mundo animal, o mundo dos espíritos, o mundo humano e os paraísos – eles nunca sugerem que esses termos possuem um significado simbólico. Ao contrário, eles até mesmo dizem que o renascimento ocorre “com a dissolução do corpo, após a morte,” o que claramente significa que a intenção é de tomar a idéia do renascimento de modo literal.

Neste ensaio não irei argumentar em favor da validade científica do renascimento. Ao invés, desejo mostrar que a idéia do renascimento faz sentido. Sustentarei que esta “faz sentido” sob dois aspectos: primeiro, que é inteligível, tendo um significado tanto intrínseco como em relação ao Dhamma como um todo; e segundo, que nos ajuda a fazer sentido, a compreender o nosso lugar no mundo. Tentarei estabelecer isso em relação a três esferas de discussão, a ética, a ontologia e a soteriologia. Não se assustem com essas palavras complicadas: o significado irá se aclarar à medida que avançarmos.

Primeiro, o ensinamento sobre o renascimento faz sentido em relação à ética. Para o Budismo original, o conceito de renascimento é um bloco essencial da teoria ética, proporcionando o incentivo para que se evite o mal e se faça o bem. Nesse contexto, a doutrina de renascimento tem correlação com o princípio de kamma, que afirma que as nossas ações definidas sob o ponto de vista moral, os nossos atos benéficos e prejudiciais, possuem um poder inerente de produzir frutos que correspondem à qualidade moral desses atos. Lidos em conjunto, o ensinamento duplo sobre o renascimento e kamma mostram que um princípio de equilíbrio moral é obtido entre as nossas ações e a qualidade de vida percebida, de tal modo que ações boas sob o ponto de vista moral produzem bons resultados; más ações, maus resultados.

E é óbvio que esse equilíbrio moral não pode ser encontrado dentro dos limites de uma única vida. Podemos observar, e muitas vezes com amargura, que pessoas inescrupulosas sob o ponto de vista moral podem desfrutar de felicidade, admiração e sucesso, enquanto que pessoas que vivem uma vida com a mais elevada integridade são prostradas pela dor e miséria. Para que o princípio de equilíbrio moral funcione, é necessário algum tipo de sobrevivência além da vida presente, pois o kamma só pode produzir a devida retribuição se o nosso fluxo de consciência individual não terminar com a morte. Duas formas diferentes de sobrevivência são possíveis: por um lado, uma vida eterna após a morte no paraíso ou no inferno, por outro lado, uma seqüência de renascimentos. Dessas alternativas, a hipótese de renascimento parece ser muito mais compatível com a justiça moral do que a vida eterna após a morte; pois qualquer ação benéfica finita, ao que parece, terá no final das contas que esgotar a sua força, e nenhuma má ação finita, não importa quão maléfica seja, deverá garantir a maldição eterna.

Pode ser que essa insistência em algum tipo de equidade moral seja uma ilusão, uma demanda irreal que sobrepomos a um universo frio e indiferente às nossas esperanças. Não há uma forma lógica de provar a validade do renascimento e kamma. O naturalista pode simplesmente ter razão ao argumentar que a existência pessoal chega ao fim com a morte, e com esta, todas as possibilidades de justiça moral. No entanto, eu acredito que essa tese contradiz uma das nossas mais profundas intuições morais, a noção de que algum tipo de justiça irá por fim prevalecer. Para mostrar que é assim, vamos considerar dois casos extremos de ações conclusivas sob o ponto de vista ético. Como caso extremo de ação imoral, tomemos Hitler, que foi diretamente responsável pela morte desumana de talvez dezenas de milhões de pessoas. Como caso extremo de uma ação moral, consideremos um homem que sacrifica a própria vida para salvar as vidas de desconhecidos. Agora, se não existe sobrevida após a morte, ambos os homens irão colher o mesmo destino último. Antes de morrer, Hitler talvez tenha experimentado algumas dores de desespero, e o herói altruísta desfrute de alguns segundos sabendo que está realizando um ato nobre. E, além disso - nada, exceto na memória dos outros. Ambos são obliterados, reduzidos a um amontoado sem vida de carne e ossos.

Agora, o naturalista pode estar correto em chegar a essa conclusão e em afirmar que aqueles que acreditam em sobrevivência e retribuição estão apenas projetando os seus próprios anseios sobre o mundo. Mas eu penso que algo dentro de nós resiste a despachar ambos Hitler e o nosso herói compassivo ao mesmo destino. O motivo para resistirmos é porque temos um profundo senso intuitivo de que um princípio de justiça moral existe em funcionamento no mundo, regulando o curso dos eventos de tal modo que as nossas boas e más ações repercutam sobre nós mesmos para produzir o fruto apropriado. Onde o naturalista argumenta que essa intuição representa nada mais que a projeção das nossas idéias sobre o mundo, eu sustento que, o próprio fato de que podemos conceber uma demanda por justiça moral, tem um significado que é mais do que apenas psicológico. Ainda que de forma vaga, a nossa noção subjetiva de justiça moral reflete uma realidade objetiva, um princípio de equilíbrio moral que não é uma mera projeção mas que é parte integrante do fundamento da realidade.

As considerações acima não têm a intenção de fazer a crença no renascimento uma base necessária para a ética. O próprio Buda não tentou estabelecer a ética por sobre as idéias de kamma e renascimento, mas usou um tipo de raciocínio moral puramente naturalista que não pressupõe a sobrevivência ou as operações de kamma. A essência do seu raciocínio é que simplesmente não devemos abusar dos outros – machucando-os, roubando as suas posses, explorando-os sexualmente, ou enganando-os – porque nós mesmos nos opomos a sermos tratados dessa forma. No entanto, embora o Buda não fundamente a ética na teoria do renascimento, ele faz da crença em kamma e renascimento uma forte persuasão para o comportamento moral. Quando reconhecemos que as nossas boas e más ações podem repercutir sobre nós mesmos, determinando as nossas vidas futuras e trazendo-nos felicidade ou sofrimento, isso nos dá uma razão decisiva para evitar a conduta imprópria, e com diligência buscar a apropriada.

O Buda inclui a crença no renascimento e kamma na definição do entendimento correto, e a sua negação explícita como entendimento incorreto. Não é que o desejo pelos frutos do bom kamma deveria ser o motivo principal para levar uma vida moral, mas ao invés disso, a aceitação desses ensinamentos inspiram e reforçam o nosso comprometimento com os ideais éticos. Esses princípios gêmeos abrem uma janela para um panorama mais amplo contra o qual se desenrola a busca por uma vida moral. Eles nos mostram que as condições da vida presente, nossas inclinações e aptidões, nossas virtudes e defeitos, resultam das nossas ações em vidas passadas. Quando compreendemos que as nossas condições presentes refletem o nosso passado cármico, iremos também compreender que as nossas ações presentes são o legado que iremos transmitir para os nossos descendentes cármicos, isto é, para nós mesmos em vidas futuras. Dessa forma, o ensinamento sobre o renascimento nos possibilita enfrentar o futuro com força, dignidade e coragem. Se reconhecermos que ainda podemos nos redimir, não importando quão debilitantes, quão limitantes e degradantes possam ser as nossas condições presentes, nós seremos estimulados a exercer a nossa vontade para alcançar o nosso bem futuro. Através das nossas ações presentes com o corpo, linguagem e mente podemos nos transformar, e transformando-nos podemos superar todos os obstáculos internos e externos e avançar na direção do objetivo final.

Os ensinamentos de kamma e renascimento possuem um significado ético ainda mais profundo do que o de simples indicadores da responsabilidade moral. Eles nos mostram que não só as nossas vidas são moldadas pelo nosso passado cármico, mas também que vivemos num universo com significância ética. Tomados em conjunto, eles fazem do universo um cosmo, um todo ordenado e integrado, com dimensões de significância que transcendem o mero aspecto físico. Os níveis de ordenamento, aos quais temos acesso por meio da inspeção direta ou da investigação científica, não esgotam todos os níveis de ordenamento cósmico. Há um sistema e um padrão, não só no domínio físico e biológico, mas também no ético, e os ensinamentos de kamma e renascimento revelam exatamente que padrão é esse. Embora esse ordenamento ético seja invisível aos nossos olhos mundanos e não possa ser detectado pelos equipamentos científicos, isso não significa que não seja real. Além do alcance da percepção normal, uma lei moral governa as nossas ações, e através delas, o nosso destino. É justamente o princípio de kamma que, operando ao longo da seqüência de renascimentos, liga as nossas ações volitivas à dinâmica do cosmo, e deste modo fazendo da ética uma expressão do próprio ordenamento intrínseco do cosmo. Nesse ponto, a ética começa a ter nuanças de ontologia para compreender a natureza de ser/existir.

O Budismo vê o processo de renascimento como parte integrante do princípio de condicionalidade que permeia toda a existência. O universo senciente é regulado por diferentes ordens de causação estratificadas, de tal modo que ordens de causação superiores podem exercer o domínio sobre as inferiores. Assim, a ordem de kamma, que governa o processo de renascimento, domina as ordens inferiores de causação física e biológica, flexionando as energias delas na direção da realização do seu próprio potencial. O Buda não postulou um juiz divino que governa os ditames de kamma, recompensando-nos ou punindo-nos pelas nossas ações. O processo de kamma funciona de modo autônomo, sem um supervisor ou diretor, inteiramente através do poder intrínseco da ação volitiva. Entremeado com as demais ordens na vasta e complexa rede da condicionalidade, as nossas ações produzem as suas conseqüências tão naturalmente como as sementes num campo produzem as suas respectivas ervas e flores.

Para compreender como kamma pode produzir os seus efeitos ao longo da sucessão de renascimentos, precisamos inverter a nossa concepção normal, rotineira, da relação entre a consciência e a matéria. Sob a influência de preconceitos materialistas, assumimos que a existência material é determinante da consciência. Como testemunhamos os corpos nascendo neste mundo e observamos como a mente amadurece em tandem com o corpo, nós, de modo tácito, assumimos que o corpo é o fundamento da nossa existência e a mente ou consciência, um desdobramento evolutivo de um processo material cego. A matéria conquista o honrado status de ‘realidade objetiva,’ e a mente se torna um intruso acidental num universo que, na sua essência, não faz sentido.

Sob a perspectiva Budista no entanto, a consciência e o mundo coexistem numa relação de criação mútua que requer ambos igualmente. Assim como não pode haver uma consciência sem um corpo para lhe servir como suporte físico e um mundo como sua esfera de cognição, da mesma forma não pode haver um organismo físico e um mundo sem algum tipo de consciência para compô-los como um organismo e um mundo. Embora, com relação ao tempo, nem a mente e nem a matéria possam ser consideradas como uma anterior à outra, em termos de importância prática, o Buda disse que a mente é a precursora. A mente é a precursora não no sentido de surgir antes do corpo ou de poder existir independentemente de um substrato físico, mas no sentido de que o corpo e o mundo no qual nos encontramos refletem a nossa atividade mental.

É a atividade mental, sob a forma de volição, que constitui kamma, e é o nosso estoque de kamma que guia o fluxo de consciência da vida passada para um novo corpo. Dessa forma o Buda diz: “Este corpo, bhikkhus, é o kamma passado, para ser visto como algo gerado e moldado pela volição, como algo para ser sentido” (SN 12:37). Não é apenas o corpo, como um composto completo, que é o resultado de kamma passado, mas as faculdades sensuais também (veja o SN 35:146). O olho, ouvido, nariz, língua, sensibilidade corporal e a base da mente também são moldados pelo nosso kamma passado, e assim, até certo ponto o kamma molda e influencia todas as nossas experiências sensuais. Visto que o kamma em última instância é explicado como volição, (cetana), isto significa que o corpo em particular com o qual fomos dotados, com todas as suas características particulares e as faculdades dos sentidos, tem as suas raízes nas atividades volitivas de vidas passadas. Como, exatamente, a volição passada é capaz de influenciar o desenvolvimento do zigoto, está além do escopo da explicação científica, mas se as palavras do Buda forem tomadas como confiáveis essa influência tem que ser real.

O canal para a transmissão de influência cármica, de vida para vida, ao longo da seqüência de renascimentos, é o fluxo de consciência individual. A consciência abarca ambas as fases da nossa existência – aquela na qual criamos novo kamma e aquela na qual colhemos os frutos do kamma passado – e assim, no processo de renascimento a consciência conecta a antiga e a nova existência. A consciência não é uma entidade única que transmigra, um ego ou uma alma, mas um fluxo evanescente de atos da consciência, sendo que cada um surge, permanece de forma breve e depois desaparece. Todo esse fluxo no entanto, embora composto de unidades evanescentes, está fundido em um todo unificado através das relações causais que se estabelecem entre todos os momentos de consciência em qualquer contínuo individual. Num nível profundo, cada momento de consciência herda do seu predecessor todo o legado cármico daquele fluxo em particular; ao falecer, ele por sua vez passa aquele conteúdo ao seu sucessor, incrementado pela sua própria nova contribuição. Portanto, as nossas ações volitivas não esgotam o seu pleno potencial nos seus efeitos visíveis de imediato. Cada ação volitiva que realizamos, depois de passar, deixa atrás uma sutil estampa gravada sobre o progressivo fluxo da consciência. A ação deposita no fluxo de consciência uma semente capaz de produzir fruto, de produzir um resultado que corresponde à qualidade ética da ação.

Quando nos deparamos com condições externas favoráveis, as sementes cármicas depositadas no nosso contínuo mental despertam da sua condição dormente e produzem os seus frutos. A função mais importante desempenhada pelo kamma é de gerar o nascimento no reino apropriado, um reino que proporcione as condições apropriadas para concretizar o potencial armazenado. A ponte que conecta a antiga existência com a nova é, como foi dito acima, o fluxo de consciência progressivo. É dentro desse fluxo de consciência que o kamma foi criado através do exercício da volição; é esse mesmo fluxo de consciência, que segue fluindo, que carrega as energias cármicas para a nova existência; e é novamente esse mesmo fluxo de consciência que experimenta o fruto. É concebível que no nível mais profundo todos os fluxos individuais de consciência estejam integrados em uma única matriz abrangente, de modo que, por debaixo da superfície dos eventos, as acumulações cármicas de todos os seres se cruzem, se sobreponham e se unam. Esta hipótese – embora especulativa – ajudaria a explicar algumas das estranhas coincidências que algumas vezes encontramos e que abalam as nossas premissas de ordem racional.

A função geradora de kamma na produção de uma nova existência é descrita pelo Buda num breve porém conciso sutta preservado no Anguttara Nikaya (AN 3:76). O Venerável Ananda se aproxima do Mestre e diz, “’Existência, existência’ diz-se, venerável senhor. De que modo ocorre a existência?” O Buda responde: “Se não houvesse kamma amadurecendo no reino da sensualidade, nenhuma existência no reino da sensualidade seria discernida. Se não houvesse kamma amadurecendo no reino da forma, nenhuma existência no reino da forma seria discernida. Se não houvesse kamma amadurecendo no reino da sem-forma, nenhuma existência no reino da sem-forma seria discernida. Portanto, Ananda, kamma é o campo, consciência a semente e o desejo a umidade para que os seres obstruídos pela ignorância e aprisionados pelo desejo se estabeleçam num novo reino de existência, quer seja baixo, (esfera sensual), médio, (esfera da forma), ou elevado, (esfera sem forma).”

Enquanto a ignorância e o desejo, as raízes duplas do ciclo de renascimentos, permanecerem intactas no nosso contínuo mental, no momento da morte, um kamma particularmente poderoso se tornará ascendente e impelirá o fluxo de consciência para o reino de existência que corresponda à sua própria “freqüência vibratória.” Quando a consciência, tal como a semente, for plantada ou “estabelecida” naquele reino, ela brotará no restante do organismo psicofísico resumido na expressão “mentalidade-materialidade”, (nama-rupa). À medida que o organismo amadurece, este proporciona o local para que outros kammas passados obtenham a oportunidade para produzir os seus resultados. Então, dentro dessa nova existência, em resposta às nossas várias experiências induzidas cármicamente, nós nos engajamos em ações que resultam em novo kamma com a capacidade de gerar um outro nascimento. Através disso, o ciclo de existências continua girando de uma vida para outra, como o fluxo de consciência, arrastado pelo desejo e guiado pelo kamma, assumindo formas sucessivas de personificação.

A conseqüência última do ensinamento do Buda sobre kamma e renascimento é que os seres humanos são os senhores dos seus próprios destinos. Através das nossas ações prejudiciais, enraizadas na cobiça, raiva e delusão, criamos kamma prejudicial, a causa geradora de maus renascimentos, de miséria futura e escravidão. Através das nossas ações benéficas, enraizadas na generosidade, bondade e sabedoria, nós embelezamos as nossas mentes e assim criamos kamma que produz um renascimento feliz. Empregando a sabedoria para cavar mais profundamente por baixo da aparência superficial das coisas, podemos descobrir as verdades sutis mascaradas pelas nossas preocupações com as aparências. E assim podemos desenraizar as contaminações que nos aprisionam e conquistar a paz da libertação, a liberdade que está além do ciclo de kamma e do seu fruto.


Revisado: 3 Abril 2004

Copiado e levemente adaptado sem alteração do texto em 14 Abril 2004 (texto original)

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