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Uma pergunta ao Ado, que me lembra que toda sociedade conhecida (pelo menos, todas as de que ele e eu conseguimos nos lembrar) tem suas drogas, legais ou ilegais: e por que não podemos mudar esse fato? Até poucas décadas atrás, não existia transporte por via aérea, telefonia, ou energia elétrica. Quem sabe se não chegou a hora de criarmos uma sociedade com cuidados adequados às necessidades humanas, uma sociedade em que as muletas químicas sejam vistas exatamente como tal? Por que nos conformar com um "mal menor" se podemos eliminar o mal?
Ninguém conseguiu fazer isso antes? Isso não quer dizer nada. Toda geração é a primeira a obter algumas conquistas. Nunca houve voto feminino... até que passou a haver. E se tem poder para criar o vício, a sociedade (e seus padrões de "normalidade") também tem, é evidente, condições de eliminá-lo. Basta que, coletivamente, queiramos depender de algo mais substancial do que meros consolos químicos.
É verdade que a repressão ao uso da maconha foi, historicamente, motivada pelo racismo. Igualmente certo é que essa erva realmente afeta a memória e o raciocínio, com ou sem racismo. E para que fique claro, eu não tenho posição muito definida sobre a proibição, porque a considero ineficaz e danosa. O uso da maconha também é muito danoso, a despeito de todos os esforços da mídia inconsequente e de segmentos irresponsáveis de nossa cultura em minimizar esse fato. Portanto, a solução é a rejeição, o boicote. Lembre-se do que você põe em risco quando se intoxica, e não deixe de lembrar quem está do seu lado só por medo de ser rotulado de "careta". Se você tem o direito de se intoxicar (algo questionável), não tem de compactuar automaticamente com todas as idéias que lhe são apresentadas. Tem de haver algum limite, e você só pode encontrá-lo dentro de si mesmo. A "moda" nada sabe sobre o que é correto, mas o seu discernimento sim. Você aceita melhor o uso da maconha e isso o tornou mais popular? Talvez isso seja bom. Mas talvez não. Se seus amigos passassem a consumir cocaína, você diria "Não"? Se resolvessem que é divertido se cortarem em segredo? Fazer sexo grupal? Molestar desconhecidos? Forçar relações? Tudo que é aceito pelo grupo está necessariamente certo e deve ser aceito por você também?
Me parece claro que não é assim. Você deve ter seus limites pessoais, mesmo que possam parecer estreitos e caretas para seus amigos. Pois quando se começa a agir sem questionamento, não se sabe quando parar. E não se é nem um pingo mais inteligente ou liberal do que quem se limita a fazer o que acha certo. Será que liberdade é se deixar levar como um cordeiro cego em direção a atividades que não achamos corretas? Será que achar algo errado é uma falha moral?
Pense nisso.
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Partnership For A Drug-free America
Dos males, o menor - este artigo comenta o famoso (e frequentemente mal-interpretado) relatório auto-censurado da OMS que concluiu que o Álcool é um problema maior para a saúde, em termos globais, do que a maconha. Prestem atenção nos últimos parágrafos, em particular o que fala de Scarlett O'Hara...
Projeto Cara Limpa - entre outras coisas, esta página é uma boa referência para os reais efeitos da maconha
Globo Repórter - 29 Agosto 1997
Nar-Anon no Brasil - Grupos de apoio para a família
Narcóticos Anônimos (Brasil) e também no Rio de Janeiro e no Espírito Santo
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Sempre acreditei no poder da Internet em disponibilizar a opinião de um para muitos.
Acredito, também, na necessidade de se usar esse poder. Falamos muito sobre
os desmandos dos poderosos, mas a verdade é que cada um de nós tem muito mais
capacidade de resistir às influências do meio do que realmente usamos.
Esta parece uma excelente oportunidade de praticar o que prego. Pois recentemente me dei conta de um fato perturbador:
Eu me tornei parte de uma minoria discriminada. Pior ainda, essa minoria não é sequer reconhecida como tal.
Vamos aos fatos:
A questão é se a possibilidade de um benefício compensa o risco de uma dependência física ou psicológica. Há também a questão ética: até que ponto é aceitável que pessoas mentalmente sãs renunciem voluntariamente a sua lucidez, mesmo que temporariamente? E, claro, quão criteriosas elas são em escolher os momentos adequados para essa renúncia? Admito que minha posição nessa questão é extrema - eu considero que recorrer à maconha é uma fuga, e do tipo mais covarde - uma fuga à responsabilidade, similar à proporcionada pelo álcool, e talvez pelo tabaco. Basicamente, acredito que quem usa essas fugas não tem grande respeito por si mesmo, nem pelos semelhantes que sofrem as consequências dessas fugas. Uma posição extrema, sem dúvida. Mas nem por isso equivocada. Claro, eu posso estar equivocado. Mas não vou mudar de opinião simplesmente por consideração à moda. Minha opinião vale bem mais do que a moda, principalmente quando o assunto é sério. Mas se alguém tem um argumento convincente que ajude a explicar por que devo rever minha posição, sou todo ouvidos. Eu adoraria acreditar que esse povo todo não está sendo inconsequente.
Recentemente, descobri esta outra página, que me impressiona pela honestidade. Recomendo-a bastante, embora discorde de alguns pontos mais ligados a opiniões pessoais: Telling Teenagers the Truth about Smoking Pot
Grupos de apoio: incluem os Nar-Anon (também presentes no Brasil) e os Narcóticos Anônimos. Gostei também do que vi na página dos AE.